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Fundação do ConcelhoCastanheira de Pera pertenceu à freguesia de Santa Maria de Pedrógão. Em 1502, foi fundada a freguesia de Castanheira de Pera. Mais tarde, em 1691, a freguesia do Coentral.De 1895 a 1899, Castanheira e Coentral pertenceram ao concelho de Figueiró dos Vinhos, quando o concelho de Pedrógão Grande foi extinto. Em 1899, um decreto restaurou o concelho de Pedrógão e Castanheira e Coentral voltaram a pertencer a este concelho.A importância social e económica de Castanheira, decorrente do desenvolvimento da indústria de lanifícios, impunha-se ao concelho que, radicado em Pedrógão, era acusado de "administração desligada dos interesses das povoações do nordeste".Castanheira pretendia, assim, desanexar-se de Pedrógão. Porém, as lutas políticas e as rivalidades eram muitas.Numa terrível campanha eleitoral, em 1913, a lista da Castanheira conseguiu a vitória para a Câmara de Pedrógão, por escassos três votos.
Conquistada a Câmara, estavam abertas as portas para a autonomia municipal. Foi elaborado o projecto de lei n.º 47-A, da autoria de Victorino Godinho, que justificava a criação do concelho de Castanheira de Pera: "Castanheira de Pera é uma das mais florescentes povoações do país (…) atestam-no bem a pujança industrial e comercial, o número relativamente elevado dos seus habitantes (5.684) e as suas contribuições para a Fazenda Nacional e para o município. (…) Ao norte da Castanheira existe outra freguesia do concelho de Pedrógão, Coentral (839) habitantes, que com aquela se encontra em fáceis comunicações e que naturalmente deverá fazer parte de novo concelho, que assim ficará com 6523 habitantes (…)".A lei n.º 203, que aprovava a criação do concelho, foi publicada no Diário do Governo, I ª série, n.º 99, de 17 de Junho de 1914. Em 4 de Julho de 1914, é fundado o concelho de Castanheira de Pera.
Um dos períodos mais complicados, mas também dos mais pitorescos do concelho de Castanheira de Pera foi o que decorreu de 1923 a 1927 - período em que houve dois executivos camarários antagónicos que se auto-consideravam legítimos e que, em nome da lei, cobravam impostos e aplicavam multas.
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