O RANCHO FOLCLÓRICO - NEVEIROS DO COENTRAL -

O RANCHO FOLCLÓRICO - NEVEIROS DO COENTRAL -
(Castanheira de Pêra)
completa este ano 38 anos de actividade

A FUNDAÇÃO 1964

O rancho Folclórico NEVEIROS DO COENTRAL foi fundado em 1964, pelo saudoso etnógrafo coentralense Dr. Herlander Machado, para participar nas comemorações do 1º Cinquentenário da criação do seu Concelho, Castanheira de Pêra.
Teve a sua 1º actuação, com memorável êxito, na inesquecível noite de sábado, dia 11 de Julho daquele ano, frente aos paços da Câmara Municipal de Castanheira de Pêra, num belo enquadramento do arraial então organizado.
O NOME

O nome de NEVEIROS adoptado pelo Rancho representa uma evocação histórica dos tempos em que a gente do Coentral subia ao alto da Serra da Lousã, durante a invernia, para apanhar neve e a depositar nos sete poços cobertos (actualmente ainda se pode visitar três), onde depois de calcada com maços de calceteiro, se conservava empedernida até ao Verão. E assim, nos séculos XVII a XIX, de Maio a Outubro, as ucharias reais de Lisboa recebiam a neve da Serra da Lousã para que o Rei e a sua Corte pudessem comer doces gelados.

Em carros de bois, pelos tortuosos carreiros da serra, a neve era transportada até Constância e Barquinha, isto é, até à confluência de dois rios - o Zêzere e o Tejo - para depois seguir para Lisboa, pela via fluvial. Muita neve se derretia pelo caminho, mas, mesmo assim, chegava com certa abundância a Lisboa, ao ponto de o excedente do consumo da Corte poder ser vendido no Café Martinho da Arcada e noutros botequins da capital portuguesa.

Adoptando o nome de NEVEIROS, a gente do Coentral pretendeu fazer homenagem aos seus antepassados e exaltar factos históricos na vida dos povos serranos.

OS OBJECTIVOS

Associando valores da ETNOGRAFIA, do FOLCLORE e da HISTÓRIA, os NEVEIROS DO COENTRAL, necessariamente renovado ao longo dos seus trinta e oito anos, tem sempre afirmado pendor e determinação para constituir um MUSEU VIVO dos antigos costumes da Serra da Lousã - Coentral.

O momento mais alto da carreira do Rancho foi a sua presença no Brasil em 1985 e 1997. Não só actuando nas suas principais cidades, S. Paulo e Rio de Janeiro assim como em outras localidades. As três presenças em programas da TV, são marcos igualmente importantes nesta sua longa existência.

O Rancho editou em 1985 um disco que se veio a esgotar. Das cassetes foi lançada recentemente uma 3ª. edição.

Com mais de 50 elementos, este agrupamento encara o futuro com optimismo, disposto a continuar o seu trabalho de recolha de danças e cantares da região da Serra da Lousã e da sua divulgação pelo país e estrangeiro.