Nova Granada (José Alves Barreto, visconde de).
n. 5 de Março de 1859 f.
Negociante e capitalista no Brasil. N. em Castanheira de Pêra em 5 de Março de 1859, sendo filho de Manuel Alves Barreto e de D. Águeda Henriques dos Santos.
Aos 16 anos foi para o Brasil para seguir a carreira comercial. Empregado numa importante casa na província de Campos, teve de retirar-se pela falta de saúde, para a província de S. Paulo, fazendo parte, aos 22 anos de idade, da firma social J. Aguiar & Companhia, sucessores. Durante cinco anos desenvolveu grande actividade no comércio. Veio depois a Portugal visitar a família e tratar da sua saúde, pois sentia-se bastante doente pelo seu excessivo trabalho. Regressando a S. Paulo, dissolveu-se aquela firma, constituindo-se a de Aguiar & Barreto. Tendo adquirido avultada fortuna, casou com uma senhora brasileira, D. Ana Miquelina, e desde então abandonou a vida do comércio, dedicando toda a sua valiosa actividade à cultura do café, um dos ramos agrícolas mais produtivos na província de S. Paulo. No meio dos confortos que lhe proporciona a sua importante fortuna, não se esquece dos infelizes. O seu nome está ligado a muitas instituições de caridade. A Beneficência Portuguesa de S. Paulo, de cuja direcção é presidente, e onde tem gasto quantias avultadas, deve-lhe numerosos serviços, tendo-o condecorado com o título de benemérito. Amante da sua pátria, a sua bolsa está sempre aberta para tudo que possa engrandecer o nome português. Quando o cruzador Adamastor visitou o Brasil, há anos, fizeram-se grandiosas festas, e foi o Sr. visconde de Nova Granada um dos que mais concorreu para o brilhantismo dessas festas, que dirigiu na cidade de S. Paulo. Quando o ministro português no Brasil, o Sr. conselheiro Camelo Lampreia, convidou os portugueses residentes em S. Paulo para subscreverem para a Assistência Nacional aos Tuberculosos o Sr. visconde foi um dos que subscreveu com a maior quantia. Em 1895, sabendo da necessidade dum hospital na terra da sua naturalidade, tomou a iniciativa de mandar construir um estabelecimento hospitalar em Castanheira de Pêra, no qual despendeu para cima de 12.000$000 réis. O falecido rei D. Carlos agraciou-o com o titulo de visconde de Nova Granada, nome duma importante propriedade que o agraciado possui. O hospital obedece ás exigências das modernas edificações deste género; tem duas salas destinadas, uma à secretaria e outra ao laboratório; casa de banho, copa, cozinha, dois quartos para o enfermeiro e enfermeira; duas amplas salas para enfermarias gerais, dois quartos para hospedes, uma saleta para sacristia, e ao fundo urna formosa capela. O Sr. visconde de Nova Granada reside em Castanheira de Pêra, onde tem prestado bons serviços, principalmente à Santa Casa da Misericórdia.
Transcrito por Manuel Amaral
n. 5 de Março de 1859 f.
Negociante e capitalista no Brasil. N. em Castanheira de Pêra em 5 de Março de 1859, sendo filho de Manuel Alves Barreto e de D. Águeda Henriques dos Santos.
Aos 16 anos foi para o Brasil para seguir a carreira comercial. Empregado numa importante casa na província de Campos, teve de retirar-se pela falta de saúde, para a província de S. Paulo, fazendo parte, aos 22 anos de idade, da firma social J. Aguiar & Companhia, sucessores. Durante cinco anos desenvolveu grande actividade no comércio. Veio depois a Portugal visitar a família e tratar da sua saúde, pois sentia-se bastante doente pelo seu excessivo trabalho. Regressando a S. Paulo, dissolveu-se aquela firma, constituindo-se a de Aguiar & Barreto. Tendo adquirido avultada fortuna, casou com uma senhora brasileira, D. Ana Miquelina, e desde então abandonou a vida do comércio, dedicando toda a sua valiosa actividade à cultura do café, um dos ramos agrícolas mais produtivos na província de S. Paulo. No meio dos confortos que lhe proporciona a sua importante fortuna, não se esquece dos infelizes. O seu nome está ligado a muitas instituições de caridade. A Beneficência Portuguesa de S. Paulo, de cuja direcção é presidente, e onde tem gasto quantias avultadas, deve-lhe numerosos serviços, tendo-o condecorado com o título de benemérito. Amante da sua pátria, a sua bolsa está sempre aberta para tudo que possa engrandecer o nome português. Quando o cruzador Adamastor visitou o Brasil, há anos, fizeram-se grandiosas festas, e foi o Sr. visconde de Nova Granada um dos que mais concorreu para o brilhantismo dessas festas, que dirigiu na cidade de S. Paulo. Quando o ministro português no Brasil, o Sr. conselheiro Camelo Lampreia, convidou os portugueses residentes em S. Paulo para subscreverem para a Assistência Nacional aos Tuberculosos o Sr. visconde foi um dos que subscreveu com a maior quantia. Em 1895, sabendo da necessidade dum hospital na terra da sua naturalidade, tomou a iniciativa de mandar construir um estabelecimento hospitalar em Castanheira de Pêra, no qual despendeu para cima de 12.000$000 réis. O falecido rei D. Carlos agraciou-o com o titulo de visconde de Nova Granada, nome duma importante propriedade que o agraciado possui. O hospital obedece ás exigências das modernas edificações deste género; tem duas salas destinadas, uma à secretaria e outra ao laboratório; casa de banho, copa, cozinha, dois quartos para o enfermeiro e enfermeira; duas amplas salas para enfermarias gerais, dois quartos para hospedes, uma saleta para sacristia, e ao fundo urna formosa capela. O Sr. visconde de Nova Granada reside em Castanheira de Pêra, onde tem prestado bons serviços, principalmente à Santa Casa da Misericórdia.
Transcrito por Manuel Amaral
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