sábado, 22 de janeiro de 2011

A BROA da Clarinda:



Nada melhor para iniciar o Ano que falar num alimento tão importante como o
pão. O pão um nome que todos nós pronunciamos diáriamente, e uma das primeiras palavras que aprendemos a dizer.
Reavivando as memórias de criança recordo que a minha mae cozia a broa todas as semanas, o processo iniciava-se na véspera, com a moagem de 1 saco de milho que eu levava à cabeça ao moinho, onde era transformado em farinha,o moleiro tirava a “maquia” era assim que se chamava , eu trazia o saco para casa.
À mistura de farinha e água quente era acrescentado o fermento, chamado de crescente, que era um pouco de massa guardada da anterior amassadura. Este fermento era indispensável à levedura da masas.Depois de preparada a massa , esta era aconchegada num dos cantos da masseira, depois era feita atradicional benção. A minha avó rezava assim:Em nome do pai e do filho e do espírito Santo,S,Vicente te acrescente, S. Mamede te levede, e S.João te faça pão.
Eu tento manter a tradiçaõ e cozo a broa muitas vezes, principalmente quando se reune a família cá em casa, todos gostam muito da minha broa, faço igualzinho à da minha mae já naõ preciso de ir ao moinho porque o padeiro traz-me a farinha já peneirada o que é muito mais prático, com respeito á benção, é óbvio que não perco tempo com essas crendices, e a broa mesmo sem rezas nem cruzes fica sempre muito boa e com o sabor de antigamente.
Aqui está a prova da verdade, bom apetite.

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