sábado, 1 de agosto de 2009

Jorge Carvalho David,

De: "jdavid@iol.pt" Para: Carlos Manuel dos Santos Coelho carloscoelhoo@yahoo.com.br

Enviadas: Sexta-feira, 31 de Julho de 2009 19:03:58

Assunto: A Dádiva da Natureza!

Quem é que está no Contra?...

Saiem da praça visconde três pacatos cidadãos, a meio da manhã de uma 5ª feira de Julho, na senda de uma visita à serra, a essa Serra da Lousã matriarca protectora de tantas e tantas gerações, afago e aconchego de quantas e quantas almas que, de um e de outro lado vieram ao mundo, quer no vale da Lousã quer no baixio da Ribeira de Pera." Montanha tutelar da minha infância, que mil lembranças do passado encerra..."assim foi cantada no poema de Sanches da Gama esta serra da Lousã. Frondosa, magestosa e misteriosa presença que nos limita o horizonte visual, nos confina a este espaço, cavado e estreito, tapando-nos a vista do mar e a largueza do planalto da meseta Ibérica que, para todos os efeitos se inicia aqui na bem próxima Beira-Baixa. Intenção única e tão simples, esta, de ver a serra moveu estas três almas a seguir, Ameal acima, até ao Cabeço do Peão. Pelo caminho viram e fotografaram os apicultores, trajados a preceito, fato branco e peneiro na cabeça. " - A safra este ano é fraca, muito fraca... Choveu muito!". Adiante, um pouco mais adiante , a natureza no seu expoente máximo: - A mãe perdiz e o perdigão imponente, protegiam as suas crias do perigo. Fugiram apressadas, estrada fora, para se embrenharem no mato e nos fetos, seu refúgio natural. Foto e mais foto, lá fomos subindo a serra até ao mirante.No mirante, usámos "a má lingua" para criticar a destruição da cobertura... Sempre servia de abrigo do sol e da chuva. Regalámos a vista a apreciar o vale da Ribeira de Pera. Ali o que é? - Ali... ali é Pera, a seguir as Botelhas e a Palheira, além, mais abaixo, vê-se a Corga, a Várzea e o Torgal. Aos nossos pés o Vilar. Olha... Olha até se consegue ver a praia das rocas, lá mesmo ao fundo. Tivemos muita sorte, a natureza dotou-nos com todos os condimentos para sermos uma terra de turismo de montanha. Temos o verde da mata, o azul do céu, o amarelo do sol... Enfim, o paraíso à nossa beira.A natureza, na verdade, deu-nos tudo o que tinha para dar. No entanto, nós teimamos em não saber aproveitar esse legado. As estradas estão esburacadas, as mimosas e os fetos invadem a via, as bermas e as valetas viraram selva. Até quando a natureza nos permite tanto maltrato?Cova das Malhadas. Abandono gera vandalismo. Mete dó ver a degradação de um património pago a peso de euros...O "internauta" blogou a notícia, "postou" fotografias, lançou o alerta!Em resultado disso, ouviu elogios? - Não, não senhor!... Não ouviu elogios. Ouviu, isso sim, dizer que; - Vocês estão no contra... Disseram tudo para arrasar.Evidências são evidências. O que se vê está à vista!Não estamos no contra por estar no contra. Os factos falam por si! Respeitemos a natureza antes que ela perca a paciência Julho de 2009, fim de mês.

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