terça-feira, 21 de setembro de 2010

Poeta: Clarinda Henriques.

Encontro-me internada
E doente, triste sorte
Escrever para esquecer
E não me lembrar da Morte
II
Dizem que eu sou poeta
Já não dei porque estou mal
Se os versos me curassem
Não estava no hospital

III
Estou a perder meu talento
Os versos nem parecem meus
Envolvida em sofrimento
Resta-me ter fé em Deus
IV
Temos sempre pena dos outros
Sem nada podermos fazer
Mas quando cai na nossa casa
È QUE DÓI MESMO A VALER
V
Fala a voz da experiência
Desta infeliz situação
È Cumprir uma Penitência
Pior que estar na Prisão
VII
Não adianta a ganância
Rancor, ódio, ou maldição
Os bens não têm importância
Quando só nos resta um caixão

VIII
Obrigada a todos vocês
E aqui deixo um alerta
Vivam um dia de cada vez
Porque a morte está sempre certa
I
Também quero agradecer
A quem tem acompanhado a minha doença
A todos quero enaltecer
Que nada de mal vos aconteça
X
TERMINO COM ESTA MENSAGEM:
----------------------------------------------------------Tudo na vida tem fim
------------------------------------------------------------Desde que no mundo entre
----------------------------------------------------------A vida é mesmo assim
---------------------------------------------------------Ninguém fica pra semente

CLARINDA

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